Em dois dias “Sky Gato” poderá ter fim no Brasil




A Telefônica começará nos próximos dias a troca dos cartões de acesso condicional dos decodificadores de TV por assinatura por DTH, o que na prática visa acabar de uma vez por todas com a “Sky Gato”, onde através de um investimento que atualmente chega à aproximadamente R$ 600 a pessoa assiste mais de 300 canais de graça com um aparelho do tipo AZBox ou similar, comprado no mercado ilegal.

Pelos informes da telefônica, o dia 25 deste mês será o último de “alegria” de quem possui o aparelho. Esses aparelhos permitem a recepção de sinal por satélite dos canais da telefônica e uma vez carregados com algoritmos de encriptação disponíveis na Internet oferecem centenas de canais sem custo nenhum.
A Viacabo, concorrente da Telefônica, já estuda aproveitar os aparelhos ilegais após o corte do sinal, A idéia é não cobrar a instalação dos usuários que já o possuem.
Coisa feia 
Antônio Salles, diretor de tecnologia da Viacabo e diretor do Seta, afirmou não há um levantamento do prejuízo que o comércio dos “chupa-cabras”, como são conhecidos os receptores acarretam ao setor. "Ainda não sabemos como combater essa pirataria, uma vez que a caixa, em si, não é ilegal", disse Salles.
Alguns operadores pequenos do Paraná e Minas Gerais estimam que mais de 60 mil caixas AZBox entraram ilegalmente no Brasil.
Explicação 
Na época a operadora, representada na por Leila Loria, diretora geral da TVA, parceira da Telefônica, o assunto trata-se de um problema técnico, jurídico e policial a ser resolvido com o fornecedor do sistema de acesso condicional, a Nagravision. "A Telefônica não comprou o sistema de controle de um desconhecido, foi do maior fornecedor mundial", disse Leila Loria, ressaltando que a empresa já estava adotando contramedidas, e lembrou que esse é um problema que já foi enfrentado no Brasil pela DirecTV por duas vezes.
Investimento lucrativo e proibido 
Quem investe nos aparelhos geralmente gasta entre R$ 400 e R$ 600, sendo que a mensalidade de algumas TVs por assinatura com menos canais que os “chupa-cabras” chegam a custar R$ 229 por mês, enquanto os receptores dão direito à assistir os canais de graça após o investimento único
Informações de usuários dão conta que há casos em que o sinal é interrompido e por e-mail chegam atualizações de senhas para retomada do sinal.
Um problema nacional
O problema afeta todo o setor. O presidente da Sky, Luis Eduardo Baptista, afirmou que houve queda de 28% nas vendas da operadora na Região Sul.