Sexo raramente provoca infartos e a maioria das pessoas que sofrem um
ataque do coração pode retomar a atividade sexual, segundo um estudo
divulgado nesta segunda-feira (21) pelo "Journal of the American College
of Cardiology".
Muitas das pessoas que sofreram um infarto se perguntam se é seguro
praticar sexo novamente, uma incerteza para a qual essa pesquisa dá a
resposta: a atividade física que a prática sexual implica é comparável a
subir duas escadas de vários degraus ou dar um passeio a bom ritmo.
"Segundo nossos dados, parece muito improvável que a atividade sexual
seja relevante na hora de desencadear um ataque cardíaco", considerou em
comunicado Dietrich Rothenbacher, o principal pesquisador do estudo e
professor do Instituto de Epidemiologia e Biometria Médica da
Universidade de Ulm, na Alemanha.
"Menos da metade dos homens e menos de um terço das mulheres recebem
informação de seus médicos sobre atividade sexual após um ataque ao
coração. É importante garantir aos pacientes que não é preciso se
preocupar e que podem retomar a atividade sexual com normalidade",
acrescentou.
Para elaborar o estudo, Rothenbacher e sua equipe estudaram as
respostas de 536 pessoas, de 30 a 70 anos, que tinham sofrido um
infarto. O questionário continha perguntas sobre sua atividade sexual
nos 12 meses anteriores ao ataque.
Os cientistas também avaliaram a relação entre o último encontro sexual
do paciente e o momento do infarto. Apenas 0,7% fizeram sexo uma hora
antes do ataque e 78% teve a última relação sexual mais de um dia antes
do incidente.