O terremoto, o mais forte ocorrido no país desde 1979, foi registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla original). As equipes de resgate ainda trabalham intensamente na busca de sobreviventes sob os destroços dos imóvel que desabaram.
Na parte sul de Guayaquil, na região central do país, algumas casas mais velhas não resistiram ao tremor. A professora de inglês Daniela Marin, de 37 anos, no centro sul da cidade e não chegou a ver destruição provocada pelo tremor, que durou cerca de um minuto.
Ela tinha acabado de chegar em casa, quando a terra começou a tremer. “Depois de me encontrar com uma amiga no centro comercial e eu voltei para casa onde estavam meu irmão estava com meus dois sobrinhos, de três e quatro anos, meu filho, de 5, e minha mãe. Pouco depois, começou a tremer toda a estrutura”, contou.
Com medo de réplicas, a família buscou sair do apartamento que fica no
primeiro andar em um condomínio. “Não sabemos até que ponto estamos
preparados para esse tipo de situação. Não temos essa cultura de
preparação. Entramos no carro do meu irmão e ficamos dando voltas,
porque estávamos sem luz. Só escutava os vidros que caíam. Pensava que
eram minhas janelas, mas era umas vasilhas que tinham caído”, contou.
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Depois de darem várias voltas de carro, encontraram um supermercado com
gerador. “Não sabíamos o que fazer. Ficamos esperando a volta da luz.
Não tinha internet para me comunicar com os familiares. Ficamos
incomunicáveis por uns 30 minutos. A experiência foi horrível. Com
crianças ainda é pior. Você não sabe como protegê-los. Meu filho está
assustado até agora”, afirmou.
Cerca de uma hora depois, a luz voltou, mas eles seguiram mais um tempo
sem internet. “Só tinha o wifi gratuito que conseguimos o sinal na
rua”, disse. Não pude dormir à noite”, disse ainda assustada. Como a
família de Daniela, várias pessoas deixaram suas casas e passaram a
noite fora de casa, mas neste domingo as ruas estavam tranquilas. Da
janela de seu apartamento, não era possível ver estragos.
O governo equatoriano decretou estado de emergência "para manter a
ordem" nas províncias de Esmeraldas, Lor Ríos, Manabí, Santa Elena,
Guayas e Santo Domingo.
A coordenadora de educação Nadia Rosa Jaramillo Santillán, que também
mora em Guayaquil, estava em seu computador quando começou o tremor.
“Começou muito tênue e depois teve forte intensidade. Nessa região não
teve danos. O sinal de internet caiu por causa dos cortes na energia.
Na
minha casa, todos estamos bem. Temos água, luz e telefone. Eu não vi
feridos, mas vi pessoas nervosas”, afirmou.
Equipes de resgate trabalham na cidade de Manta (Foto: AP Photo/Dolores Ochoa).
“Os meus animais também pareciam muito nervosos. Tenho um gato, que
miava muito forte. Meu cachorro começou a latir principalmente quando a
luz se foi. Parece que eles sentiram mais o susto”, disse Nadia.
Nadia, que trabalha em um colégio para adultos, fazia uma atividade
normal neste domingo. "Poucos vieram, mas estão calmos. Penso que os que
não vieram tiveram algum problema nos seus bairros ou com suas
famílias", contou.
Na capital Quito, a 173 quilômetros da região atingida, moradores contaram ao G1
ter sentido o tremor, mas não viram estragos. Segundo a Reuters, partes
da capital ficaram sem energia elétrica por alguns momentos.
O Centro de Alerta de Tsunamis Pacífico afirma que grande parte da possibilidade de tsunamis em um raio de 300 quilômetros do epicentro já passou.
O Centro de Alerta de Tsunamis Pacífico afirma que grande parte da possibilidade de tsunamis em um raio de 300 quilômetros do epicentro já passou.