O Governo de Sergipe
iniciou neste domingo (1º), a primeira etapa da campanha de vacinação
contra a febre aftosa em Sergipe. Dividida em duas etapas, maio e
novembro, a campanha visa imunizar 1,220 milhão de animais entre bovinos
e bubalinos, independente da faixa etária do rebanho. Atualmente, em
Sergipe, esse quantitativo de animais está distribuído entre os mais de
42 mil criadores.
Com a medida, o estado de Sergipe entra em seu 21º ano sem o registro
da doença. A diretora de Defesa Vegetal da Empresa de Desenvolvimento
Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Salete Dezen, atribui essa conquista
ao trabalho que a empresa vem desenvolvendo para manter a média de
vacinação.
“Estamos acima do índice estipulado pelos órgãos internacionais. Nesses últimos anos, a Emdagro vem mantendo o índice de 96% de animais imunizados. Isso garante a Sergipe o status de área livre que, juntamente com os demais estados livres da aftosa, pode realizar comércio de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal com os demais estados da federação, bem como para outros países”.
“Estamos acima do índice estipulado pelos órgãos internacionais. Nesses últimos anos, a Emdagro vem mantendo o índice de 96% de animais imunizados. Isso garante a Sergipe o status de área livre que, juntamente com os demais estados livres da aftosa, pode realizar comércio de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal com os demais estados da federação, bem como para outros países”.
Segundo a diretora, as vacinas já se encontram disponibilizadas nas
principais casas agropecuárias do estado, as quais o próprio criador
deverá adquirir a um preço que varia entre R$ 1,40 a R$ 1,60 cada.
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A doença
A Febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que ataca a todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Dá-se em todas as idades, independente de sexo, raça, clima, dentre outros.
O vírus se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante as fases iniciais da enfermidade, quando o animal é muito contagioso.
Quando as vesículas arrebentam, o vírus passa à saliva e com a baba infecta os alojamentos, os pastos e as estradas onde passa o animal doente. Resiste durante meses em carcaças congeladas, principalmente na medula óssea. Dura muito tempo na erva dos pastos e na forragem ensilada. Persiste por tempo prolongado na farinha de ossos, nos couros e nos fardos de feno.
Outras vezes o contágio é indireto e, nesse caso, o vírus é transportado através de alimentos, água, ar e pássaros. Também as pessoas que cuidam dos animais doentes levam em suas mãos, na roupa ou nos calçados, o vírus, o qual é capaz de contaminar animais sadios. Nos animais infectados naturalmente, o período de incubação, varia de dezoito horas e três semanas.
A gravidade da aftosa não decorre das mortes que ocasiona, mas principalmente dos prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes produtores. Causa em consequência da febre e da perda de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode levar à morte, principalmente os animais jovens.
As propriedades que têm animais doentes são interditadas e os animais sacrificados, assim como das propriedades vizinhas e a exportação da carne e dos produtos derivados torna-se difícil, porque imediatamente as exportações do País são suspensas.
*Com informações da ASN
G1