Senado abre processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff: 55 a 22

presidente Dilma Rousseff  (Foto: EVARISTO SA/AFP)

Placar do impeachment (Foto: ÉPOCA).

Os senadores votaram nesta quinta-feira (12) pela abertura doprocesso de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A sessão estava marcada para começar a partir das 9h da manhã., mas atrasou uma hora. Entre discursos de senadores, relator, Antonio Anastasia, e advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, foram mais de 20 horas de sessão. O quórum mínimo era de 41 dos 81 senadores – 77 votaram, e Renan Calheiros, presidente da Casa, não votou. Confira, no fim deste texto, o placar da votação.
O relatório precisava apenas de maioria simples (metade dos presentes mais um) para ser aprovado e abrir o processo.


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Com a aprovação, a presidente Dilma será afastada por até 180 dias, e o vice, Michel Temer, assumirá. Haverá – ainda sem data definida – uma segunda votação em plenário que definirá o impeachment. Essa sessão será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e, para a destituição da presidente, serão então necessários 54 votos (dois terços dos senadores).
A votação ocorreu em uma semana que começou bastante tumultuada pela decisão, na segunda-feira (9), do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular as sessões em que os deputados deliberaram sobre o impeachment. A medida obrigou Renan a tomar a posição mais clara no processo de Dilma até aqui: o presidente do Senado anunciou que ignoraria o colega parlamentar, acusou Maranhão de "brincar com a democracia" e confirmou a sessão desta quarta-feira. A postura de Renan surpreendeu Maranhão, que contava com o apoio do senador à sua decisão.Maranhão acabou recuando ainda na noite de segunda-feira. Politicamente, não há espaço para surpresas.
Elas ainda podem vir do Judiciário. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entrou com um mandado de segurança no STF na tarde de terça-feira (10), pedindo que todo o processo seja anulado. Cardozo acusa o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, de agir por vingança contra Dilma ao dar andamento ao pedido de afastamento contra ela. “(Cunha) procedeu a uma clara vingança, antecedida de ameaça publicamente revelada, por terem estes se negado a garantir os votos dos parlamentares de que ele necessitava para poder se livrar do seu processo de cassação na Câmara dos Deputados", escreveu o ministro. No sorteio, a relatoria do processo ficou com o ministro Teori Zavascki, que não tem prazo para decidir.
>> Confira abaixo os principais acontecimentos e análises sobre a votação da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado:
06h35 - Antes mesmo da votação que confirmou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, senadores petistas se retiraram do plenário, informa o repórter Filipe Coutinho.
06h00 - José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União e responsável por defender Dilma Rousseff, vai à tribuna do Senado para a última etapa antes da votação. O ex-ministro alega que crédito suplementares são atos recorrentes em governos e que não causaram mal às contas públicas, pois os créditos abertos por decreto foi compensado por outros decretos de contingenciamento. "Onde está o dolo da presidente da República? Onde está a má fé? O governo Fernando Henrique Cardoso fez. Contas não foram rejeitadas. Os decretos foram aceitos. Onde está a má fé? Todos os decretos foram embasados pela AGU. Onde está a má fé?", grita o defensor.
05h45 - Após quase 20 horas de sessão no Senado, o relator da comissão que analisou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), detalha o relatório que produziu para embasar as decisões no plenário. "Nos limitamos a dois grupos de fatos. Os créditos suplementares e as operações de créditos com bancos oficiais", diz o tucano. No primeiro caso, a legislação permite a abertura de créditos suplementares desde que ela coadune com a meta fiscal, segundo o senador. O segundo, das "pedaladas fiscais", diz respeito ao atraso de pagamentos por parte do governo a bancos públicos como Caixa e Banco do Brasil decorrentes de programas sociais.
05h42 - Raimundo Lira (PMDB-PB) é o último senador a se manifestar. O peemedebista é favorável à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
05h38 - Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia de Dilma Rousseff, lembra que votação no Senado nesta quinta (12) não encerra o processo de impeachment da presidente. "Quero afirmar que o voto que proferirei hoje não significa a antecipação do meu julgamento na sessão final que ocorrerá nos próximos meses", diz o peemedebista.
05h24 - Romero Jucá (PMDB-RR), ex-aliado do governo de Dilma Rousseff, afirma que impeachment faz parte do "elenco de ações democráticas do país", uma ferramenta "legítima". E atacou as chamadas pedaladas fiscais. "Pedalada é algo simpático, que faz bem ao saúde. Não, senhores senadores. Estamos falando aqui de crime fiscal, de crime contra a lei orçamentária, crime de responsabilidade. Não é brincadeira. Afeta a vida de milhões de brasileiros", diz o peemedebista.
05h16 - Benedito de Lira (PP-AL) declara que tem elementos suficientes para apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. "Não estamos prejulgando, não estamos estabelecendo culpados", diz o senador.
05h04 - Ivo Cassol (PP-RO): "É nossa obrigação vir aqui, independentemente do horário, e levar à população nossos argumentos sobre o processo de impeachment da presidente Dilma". O senador é o 66º na lista. 
04h59 - Ciro Nogueira (PP-PI) diz que "impeachment não é uma solução fácil", mas uma escolha entre o "pior e o ruim". "Deixar o governo à beira do colapço ou buscar uma saída? São opções duras, mas precisamos escolher a mais benéfica para o país", afirma o senador. Nogueira é o 65º a falar antes da votação.
04h48 - Davi Alcolumbre (DEM-SP) declara concordar com denúncia contra Dilma Rousseff e vota a favor do impeachment. "Como bem alertou Ronaldo Caiado, não há mais tempo para errar e nem a perder. Sabendo todos nós que não haverá mágica que recupere nossa economia em tão pouco tempo", diz o democrata.
04h31 - Humberto Costa (PT-PE): "Fizeram um malabarismo jurídico, reforçado pelo relator desse processo, para identificar três decretos de suplementação orçamentária no valor de R$ 980 milhões em 2015, quando a execução orçamentária atingiu R$ 1,4 trilhão. Foi lá que buscaram razões para o golpe". O petista afirma que com o impeachment os senadores "abrirão um gravíssimo precedente". "Os derrotados de 2014 tomaram um atalho para chegar ao poder", diz o 63º senador a discursar na tribuna.
04h15 - José Serra (PSDB-SP) declara ser a favor do impeachment de Dilma "sem nenhuma alegria". "O impeachment é um processo arrastado, penoso, causa constrangimentos pessoais e gera alianças estranhas", diz o tucano. "Deveríamos evitá-lo se pudéssemos e se fossem outras circunstâncias. Isso que não foi possível. A continuidade do governo Dilma seria uma tragédia maior. Duvido que alguém nesse plenário ache que chegaríamos a 2018 sem que essa situação se deteriorasse de maneira insuportável."
03h59 - Walter Pinheiro (sem partido-BA) é o 62º senador a se manifestar e direciona críticas ao "consórcio Dilma-Temer". "O governo, com todos seus membros, sequer se permitia à consulta", diz o ex-petista. O parlamentar deixou o partido em meio ao mandato de Dilma Rousseff na Presidência.
03h50 - Dalírio Beber (PSDB-SC), 61º a falar, diz que clima no Senado não é de festa. "Todos lamentam", afirma senador tucano. Mais adiante, argumenta que o Congresso tem ouvido as manifestações populares. "Os que votaram contra nas eleições de 2014, já conscientes da necessidade de promover alternância, estão sofrendo porque também estão entre os milhares de desempregados produzidos nesses primeiros 16 meses do segundo mandato da presidente Dilma. Mas sabem não ter contribuído com seu voto para o caos de hoje."
03h35 - José Pimentel (PT-PE) é o 60º senador a discursar antes da votação do impeachment. "Não nos esqueçamos que esta elite foi a última das Américas a libertar escravos, e na época diziam que não dava para libertar escravos porque eles não saberiam sobreviver. Eles sobreviveram e estão nas universidades mostrando que são tão inteligentes quanto os brancos", diz o petista, cujo discurso está alinhado com interesses do agronegócio.
03h19 - Donizeti Nogueira (PT-TO) afirma que esta sexta-feira (12) ficará marcada na história do país. "O ápice de uma conspiração do vice-presidente da República auxiliado por alguns aliados da presidente", diz o petista. "É um golpe frio. O golpe quente é com a força das armas. O frio, com a força do Parlamento."
03h06 - Blairo Maggi (PR-MT): "Não sou político que vive da política ou que vive para política. Eu vivo para resultados. Vivo sempre pensando no bem da população, nos negócios do país, no progresso, no desenvolvimento e na geração de renda, de emprego. A discussão política ou a discussão jurídica desse debate a mim não interessam. Não pesam. Eu defendo por um longo tempo a possibilidade de impeachment ou, inicialmente, a votação de um impeachment. Nós tínhamos um cadáver insepulto. Que não deixava o país andar, não deixava o país pensar."
03h03 - Roberto Rocha (PSB-MA), 57º senador a se manifestar sobre impeachment de Dilma, diz que fez minucioso estudo, por meio de sua assessoria, para votar pela abertura do processo de afastamento da presidente.
02h46 - Paulo Paim (PT-RS) diz que nunca viveu um "momento tão constrangedor como esse". "Uma presidente eleita pelo voto popular ser afastada de forma tão truculenta", diz o senador petista. "Querem aqui no Brasil regulamentar o trabalho escravo. Trabalho escravo a gente não regulamenta, a gente proíbe. Ainda bem que peguei a relatoria."
02h32 - Flexa Ribeiro (PSDB-PA) leva a Constituição para a tribuna e cita artigos sobre responsabilidade fiscal para defender afastamento de Dilma. "A prática da turma do PT é gastar mais do que arrecada. É por isso que ela está sujeita ao impeachment."
02h16 - Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff: "Tirar uma presidenta eleita pelo voto popular através do impeachment pode parecer democrático, mas não é. Pode parecer atender a maioria, mas não trará a solução que ela tanto anseia. É como um estado de defesa, um estado de sítio. Ele suspende direitos. O uso não é para fazer disputa política, não é para discutir o chamado conjunto da obra. Esse debate se faz no debate eleitoral."
02h06 - Wellington Fagundes (PR-MT) defende a reforma política, a "mãe de todas as reformas", nas palavras dele. "Já vi grandes crises econômicas e políticas, mas nunca as duas juntas", diz o 53º senador a discursar na tribuna antes da votação pelo impeachment de Dilma.
01h53 - Tasso Jereissati (PSDB-CE): "Não deixa de ser constrangedor estarmos aqui pela segunda vez em um quarto de século. Mas é reconfortante perceber que as instituições têm mostrado sua solidez."
01h50 - Maria do Carmo Alves (DEM-SE) foi breve em seu discurso em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Foi a 51ª parlamentar a se manifestar.
01h33 - Paulo Rocha (PT-PA) critica a Operação Lava Jato e a imprensa. "É para condenar aqueles que estão no poder, principalmente o PT, e suas principais lideranças. As cartas já estão dadas e serão aprovadas pela maioria desse plenário apesar do seu vício de origem", afirma. "A presidenta não cometeu crime de responsabilidade, mas isso não tem a menor importância. O que vale é o conjunto da obra. A primeira etapa dessa batalha tende a terminar como os golpistas e conspiradores planejaram."
01h17 - Lindbergh Farias (PT-RJ) discorre sobre o golpe militar de 1964, sobre como mídia e Congresso agiram na época, para defender o governo de Dilma desta vez. Também critica o PSDB e os pedidos de impeachment desde o fim das eleições presidenciais de 2004. "Não encontraram nada que ferisse a moral da presidente Dilma", diz.
01h02 - Otto Alencar (PSD-BA) defende Dilma Rousseff. "Não há como se jogar na responsabilidade da presidente Dilma o que aconteceu na Petrobras", afirma o senador baiano, que também mencionou "erros" na condução da política. "Há um conjunto de fatos que não se pode culpar, absolutamente, só a presidente Dilma. Se mudasse de posição no momento mais fraco do governo, não seria homem."
00h50 - Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) critica edição de créditos suplementares por parte de Dilma mesmo ciente das dificuldades financeiras do governo. "A presidente fez exatamente o contrário do que manda a Constituição", diz. Também atacou as pedaladas fiscais. "Segundo o TCU, desde 2013 a União não vinha pagando nos prazos práticos. Para piorar, a União sequer registrava tempestivamente seu endividamento junto ao Banco do Brasil. Todas essas práticas são verdadeiras operações de crédito e ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal."
00h34 - Lídice da Mata (PSB-BA), 46ª a discursar, afirma que "todos os outros presidentes e dezenas de governadores" já cometeram atos de Dilma. "O processo é político. Iniciado e conduzido por um gesto de vingança pessoal pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, num flagrante e evidente desvio de finalidade", diz a senadora baiana. "Ministros ainda ontem no governo de Dilma e deputados que compunham a base aliada desde sempre fizeram discursos inflamados. Nunca um governo foi tão amplamente traído como este."
00h20 - João Capiberibe (PSB-AP), 45º parlamentar na tribuna, diz que o impeachment de Dilma Rousseff não é a solução. "Não resolve. Só aprofunda a crise", afirma. "Quando o presidente desta casa revelar o resultado da votação, teremos um foguetório em todo o país. Vencedores e vencidos. E aí a situação se complica de vez. Não se sai de uma crise tão grave como esta pelo confronto."
00h12 - Omar Aziz (PSD-AM): "Dilma poderia pedalar a manhã toda que o Congresso não faria o impedimento dela hoje. O maior problema da presidente Dilma foram as consequências que acontecem no Brasil hoje." O senador afirma que o impeachment da petista não começou cinco meses atrás, mas logo após as eleições de 2014. "Presidente Dilma, a senhora errou quando não falou a verdade. Esse foi seu grande pecado. Se a senhora tivesse tido humildade, como eu lhe disse para fazer autocrítica, para liderar os políticos, ir a televisão e falar da situação da nossa economia... O povo brasileiro é bom. Vai lhe perdoar. Ali começou o impeachment da presidente Dilma. A partir do momento que ela não teve humildade, e sim a soberba da reeleição. Estou triste. Lutei a minha vida toda pela democratização desse país." 
23h55 - Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN): "Vivemos um momento de grande apreensão. Estamos a ponto de instaurar o processo de impeachment da presidente da República. Não é ocasião para agir apaixonadamente. Não é nada produtivo apelar para o 'nós contra eles'. Ensejar o maniqueísmo que nada vai contribuir para que seja uma decisão serena, respeitada e legítima."
23h50 - Gladson Cameli (PP-AC) critica pedaladas fiscais e créditos suplementares assinados por Dilma Rousseff. "O controle das finanças públicas pelo Legislativo é fundamental. O governante não pode arredar o pé de forma alguma de suas obrigações e controles", afirma. O pepista declarou voto favorável ao impeachment.
23h34 - Paulo Bauer (PSDB-SC): "Nós não temos dúvida. Houve ofensa à lei, houve ofensa à Constituição. Impeachment é um dispositivo da nossa Constituição e é um mecanismo legal, constitucional, existente e disponível não só no Brasil, mas em outros países". É o 41º senador a falar. 
23h28 - Valdir Raupp (PMDB-RO), antes de atacar Dilma Rousseff, defendeu o vice-presidente Michel Temer das críticas feitas por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). O peemedebista alegou que os créditos suplementares assinados por Temer enquanto vice são anteriores ao julgamento do TCU sobre o assunto.
23h13 - Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), 39º senador a se manifestar antes de votar o impeachment de Dilma, critica o sistema presidencialista por "radicalizar" o relacionamento entre Executivo e Legislativo. "Não foram poucas as vezes que alertei nesta tribuna que nosso presidencialismo estava falido", afirma. O parlamentar sugere o parlamentarismo ou o semipresidencialismo.
O senador Fernando Collor falou de seu processo de impeachment  (Foto: Sérgio Lima/Época)
22h56 - Fernando Collor (PTC-AL) critica a "crise moral" do governo brasileiro e as diferenças entre os processos de impeachment contra Dilma Rousseff e o sofrido por ele em 1992. O ex-presidente, que renunciou antes de ser afastado do cargo, diz que os trâmites contra a petista têm se prolongado por mais tempo do que os dele. Afirma que não teve advogados para defendê-lo. Collor diz que avisou a presidente, por meio de interlocutores, sobre as crises que se aproximavam. "Sugeri que fosse à televisão pedir desculpas. Desconsideraram minhas considerações, renegaram minha experiência", diz.
22h50 - Abraço de "afogados": Dilma abraçará Lula em ato após o impeachment. A presidente fechou a agenda para as primeiras horas pós-afastamento. Leia no EXPRESSO.
22h40 - Armando Monteiro (PTB-PE), 37º a falar, diz que reassumiu mandato com pressa para participar da sessão desta quarta-feira (11). O petebista agradeceu o "apoio incondicional" de Dilma no comércio exterior – ele foi ministro da pasta no governo da petista desde o início de 2014.
22h56 - Regina Sousa (PT-PI), defensora de Dilma, releva a crise econômica e as críticas à administração da presidente. "Não me venham falar em economia. Alguém disse que o Lula pegou o país redondinho. Taxa de juros de 25,5%. Isso é um país redondinho? Esqueceram? Ou eu estava em outro país? Valia tudo no propósito de derrubar Dilma."
Ilustração sobre fotografia de Michel Temer. Atencioso com pastores, o vice-presidente caiu nas graças de religiosos como alternativa a Dilma (Foto: Editoria de Arte)
22h28 - Como os evangélicos abençoaram Michel Temer. Entenda nareportagem de ÉPOCA como a bancada religiosa se posiciona em relação ao provável presidente interino.
22h11 - O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) critica a "eleição a todo custo" de Dilma. "Ela faria o diabo se fosse preciso", diz o opositor. "Os crimes de responsabilidade foram, sim, praticados pela presidente Dilma Rousseff. Ela promoveu a maior fraude fiscal já vista no nosso país."
22h07 - Lula avisa aliados que vai participar de ato em frente ao Planalto. Com afastamento de Dilma previsto para as próximas horas, ex-presidente se encontrou com parlamentares do PT. Leia noEXPRESSO.
21h56 - Hélio José (PMDB-DF), 34º senador a discursar antes da votação pelo impeachment de Dilma, afirma que debate no Senado teve "nível elevado" e foi "brilhante". No fim, após elogiar argumentos contrários e favoráveis, declarou voto pelo afastamento da presidente.
21h43 - Reguffe (sem partido-DF) criticou governo por gastar mais do que arrecadar. "Alguém tem que pagar. Esse déficit que o governo conduziu fica para o contribuinte num ponto futuro com impostos. É esse contribuinte que meu mandato representa. Meu lado não é partido, não é governo. Meu lado é o contribuinte brasileiro", afirma o senador, atualmente sem partido.
Sacos de lixo retirados do Palácio do Planalto (Foto: Talita Fernandes/Época)
21h42 - No EXPRESSO: assessores e ministros passam o dia organizando mudança no Planalto. Malas, caixas e sacos de lixo com papéis picotados foram tirados do gabinetes. Leia mais.
21h25 - Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), 32ª parlamentar a discursar, criticou a violência no lado de fora do Senado entre militantes contra e a favor do impeachment de Dilma. Defendeu, depois, a presidente ao chamar a denúncia de frágil. "Dilma Vana Rousseff, quando jovem estudante, foi torturada e julgada por um tribunal de exceção ditatorial. Quis o destino que os ventos da democracia a transformassem na primeira presidenta da República. Hoje ela é novamente submetida a um julgamento", diz.
Dilma e Jaques Wagner na janela do Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
21h17 - O ministro Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseffforam flagrados na janela do Palácio do Planalto nesta quarta-feira (11). Antes de deixar a sede do Executivo nesta quinta-feira (12), seu local de trabalho desde janeiro de 2011, quando assumiu o primeiro mandato, Dilma fará uma declaração à imprensa, prevista para as 10h.
21h10 - Lasier Martins (PDT-RS), 31º a subir à tribuna, diz que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao "atropelar" a legislação. Chamou o governo da petista de "governo da gastança" por conta das pedaladas fiscais e dos créditos suplementares. "Foram crimes políticos e administrativos. Não contra o Código Penal, como argumentam alguns", afirma o pedetista.
20h57 - Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), 30º a falar, afirma que impeachment de Dilma não vai tirar corruptos do poder. O senador diz que o PT não foi capaz, em 13 anos, de reduzir desvios no governo. "É verdade que tivemos no período conquistas sociais. Tudo isso poderia ter se convertido em mudanças estruturais. Poderíamos ter feito a reforma agrária, a reforma política. A opção foi a da governabilidade", diz. O parlamentar também criticou o vice Michel Temer e a ausência de ações de impedimento contra o peemedebista. Rodrigues mostrou gráfico e argumentou que o futuro presidente interino cometeu crime de responsabilidade, como Dilma, ao ter assinado decretos para créditos suplementares sem autorização do Congresso.
20h52 - O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) diz que, ainda que Dilma seja honesta, houve crimes de responsabilidade no trato do orçamento da União. "O voto que profiro agora não é de condenação da presidenta, de afastamento definitivo, mas de abertura do processo que passa a ser conduzido pelo presidente do STF e que vai apurar se houve crime", afirma. É o 29º parlamentar a discursar na tribuna do Senado.
20h34 - Roberto Requião (PMDB-PR) toma a palavra. O peemedebista afirma que dezenas de vezes foi até a tribuna para criticar as políticas econômicas do governo de Dilma. "Esse processo de impeachment tem duas naturezas. Política e legal. No aspecto político precisamos notar que o arrocho fiscal, somado à crise internacional e a uma série de erros na política econômica, levou a uma enorme insatisfação", diz.
20h22 - Waldemir Moka (PMDB-MS), o 27º a discursar, aos berros, diz estar convicto de que seu voto está alicercado em evidências robustas. "O que me leva a concluir que há elementos suficientes para abrir processo contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade", afirma.
20h20 - O presidente, Renan Calheiros, após reclamação de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), pede silêncio aos demais senadores durante os discursos. "Sem querer ser deselegante, não podemos repetir o espetáculo visto na Câmara."
20h06 - O senador Álvaro Dias (PV-PR) é o 26º. "Os escândalos se sucederam. Uma série interminável. Somente em relação à Petrobras foram 19 representações feitas pela oposição. Se as providências adequadas fossem adotadas, o país não assistiria ao histórico rombo nas contas públicas. O povo não seria vítima dessa histórica crise sem precedentes. Da recessão, da inflação", afirma o parlamentar, favorável ao impeachment de Dilma. "Agora vejo a fotografia do país com duas faces. De um lado, a indignação, a revolta e o protesto. Do outro, a esperança."
19h56 - Entre os usuários de internet no Brasil, 67% apoiam o impeachment da presidente Dilma. Apesar disso, 57% acreditam que o país vai "ficar como está" ou "mudar para pior" após o afastamento de Dilma. A conclusão é de um levantamento de opinião feito pelo instituto de pesquisas online Qualibest. O cenário que aguarda um eventual governo Michel Temer é de desânimo. Confira a pesquisa aqui.
19h53 - A ministra da Casa Civil, Eva Chiavon, encontrou-se com sua equipe técnica na noite desta quarta-feira (11) para uma reunião de despedida, informa a coluna EXPRESSO. Com seu provável afastamento, a ministra agradeceu assessores pelo trabalho. Eva chefiou a pasta interinamente após a Justiça barrar a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto.
19h52 - Wilder Morais (PP-GO) é o 25º a ter até 15 minutos para discursar. "O Brasil vive uma crise econômica sem precedentes. Mais do que isso, uma crise de credibilidade. A maioria da população brasileira rejeita sua governante", afirma o senador. "A denúncia tem todo requisito necessário. A economia brasileira agoniza e pede socorro."
Senador Aécio Neves e Renan Calheiros no Senado (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
19h37 - Aécio Neves (PSDB-MG) é o 24º a falar. O adversário de Dilma nas eleições presidenciais de 2014 afirma ser um dia histórico para o país e elogia o senador Antonio Anastasia, colega de partido e de estado, pelo relatório contrário à petista na comissão que analisou o impeachment no Senado. "A responsabilidade pela condução das finanças públicas e e da execução orçamentária é intransferível. É por isso que o Congresso Nacional, que diferente do Executivo age de forma colegiada, tem a função fundamental de analisar as contas e fiscalizar o governo", diz o tucano. "O que estamos fazendo aqui nesse instante é exercer a prerrogativa do Congresso. Não foi um conjunto de parlamentares que decidiu por conta própria tirar da presidente da República a imunidade para que ela pudesse ser julgada. Foi o povo."
19h25 - Com atraso na volta do intervalo, o senador Eduardo Amorim (PSC-SE) retoma os discursos anteriores à votação. "Houve, sim, crimes de responsabilidade por ela praticados. Abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso. Ocorreram, sim, as chamadas pedaladas fiscais, a contratação de créditos ilegal. O dolo é claro. Foram mais do que intencionais. Foram feitos milimetricamente", disse o parlamentar, favorável ao impedimento de Dilma Rousseff.
18h48 - Com bandeiras e camisetas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), cerca de 50 pessoas contrárias ao impeachment começaram o protesto na Cinelândia por volta das 17h. Porém, nos discursos, eles já admitiam que o Senado Federal afastará Dilma da Presidência nas próximas horas. Saiba mais.
18h23 - No provável último dia à frente da Presidência, Dilma publicou decreto no qual endurece controle sobre transações de imóveis no país. Leia mais aqui.
18h16 - Os senadores fazem a segunda pausa do dia. O presidente, Calheiros, pediu a todos que voltem para prosseguir com a sessão pontualmente às 19h.
18h03 - A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) é a 22ª na ordem. A petista comparou as torturas sofridas por Dilma na militância, quando jovem, com o processo de impeachment atual. "Ela enfrenta de novo um tribunal de exceção", diz. "Fazemos questão de deixar claro que este golpe de estado teve início quando o PSDB e seu candidato à presidência, Aécio Neves, não tiveram a grandeza de acatar a escolha da maioria da população brasileira."
17h53 - O senador Acir Curgacz (PDT-RO) é o 21º a falar.  "A crise política contamina a economia e paralisa o país. Os brasileiros já não suportam mais essa crise política, ética e econômica", afirma. Segundo ele, não há mais como repactuar a governabilidade entre o governo e o Congresso. Ele votará favoravelmente a abertura do processo de impeachment no Senado.

17h34 - O senador Jorge Viana (PT-AC) assume a palavra. "Lamento muito estar aqui nessa situação", diz ele. "Esssa sessão pode incorrer num gravíssimo erro, empurrar o Brasil para trás". Segundo ele, o Brasil vive a "anarquia institucional".

17h23 - O senador José Agripino Maia (DEM - RN) é o 19º a falar. "Esse é um governo que se acostumou à gastança. É um cacoete", diz Maia. "Enquanto o país ia bem, ia bem a gastança".

17h18- Por volta das 15h desta quarta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff chegou ao Palácio do Planalto para acompanhar a sessão no Senado Federal. Ela passou a manhã e o início da tarde no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Já o vice-presidente Michel Temer prosseguiu com as articulações para seu eventual governo, em caso de admissão do processo de impeachment. No início da manhã, Temer se reuniu com parlamentares do PMDB em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu. Na parte da tarde, sua esposa e filho chegaram à capital federal para acompanhar o resultado da votação no Senado.
A presidente Dilma Rousseff chegou ao Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira (11) para acompanhar a votação do impeachment (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O vice-presidente Michel Temer chegando no Palácio do Jaburu, em Brasília (DF) (Foto:  Raphael Ribeiro/Folhapress)

17h06 - Festa? O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força, pediu autorização para a Polícia Militar para uma queima de fogos em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, após o provável afastamento de Dilma Rousseff. A coluna EXPRESSO conta mais detalhes. Até o momento, a PM ainda não autorizou a festa.

17h04 - O senador José Maranhão (PMDB-PB) é o 18º a falar. Diz que o Brasil vive uma "profunda crise, com profundos reflexos na nossa economia". Afirma que votou na presidente Dilma em 2014 - por isso, se entristece: "Não se vota num candidato sem confiar nele. Depois de tudo o que houve, já não posso dizer a mesma coisa". Ele é favorável ao impeachment.

16h55 - Na tentativa de mostrar que vai dar condições de prosseguimento à Operação Lava Jato, caso assuma a presidência,Michel Temer enviou seu chefe de gabinete, Rodrigo Rocha Loures, a um evento em Brasília que prestava homenagem à Força-Tarefada operação da Polícia Federal. No evento, o também conselheiro de Temer defendeu a continuidade das investigações e elogiou trabalho de procuradores.

16h54 - Deputados do PT chegaram ao Palácio do Planalto nesta tarde para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Segundo a repórter de ÉPOCA  Ana Clara Costa, eles disseram que a judicialização do impeachment continuará, mesmo após decisão contrária no Supremo Tribunal Federal (STF).

16h49 -   Angela Portela (PT-RR) assume a palavra. Segundo ela, o processo de impeachment tem apenas "legalidade formal". Na interpretação da senadora, o processo serve ao objetivo de tirar do poder "uma adversária". Segundo ela, as pedaladas não foram empréstimos a bancos públicos - "foram meros atrasos para bancar programas sociais". "O verdadeiro julgamento do impeachment será a história. E ele não será favorável a essa casa".

16h47 - Não há acordo. Os senadores do PMDB apresentaram, conforme adiantado por ÉPOCA, um requerimento para tentar reduzir a quantidade de minutos da fala de cada senador. O objetivo era diminuir a duração da sessão, para que o impeachment possa ser votado ainda nesta quarta. O presidente do Senado, Renan Calheiros, consultou governistas e opositores sobre a matéria. Não houve acordo entre eles em mudar as regras. Desta forma, Renan rejeitou a mudança no tempo de fala. "Não cabe a mim adiantar ou atrasar o relógio da história", disse Renan.

16h44 - Segundo Renan, há um requerimento de vários parlamentares pedindo que o tempo de fala seja reduzido de 15 minutos para 10. Renan diz que isso pode ser feito, se o plenário concordar.

16h35 - O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) é o 16º a falar. Ele faz críticas ao sistema político brasileiro - e diz que o erro começou quando a reeleição foi instituída durante o governo FHC. Diz também que, sob o slogan da "Pátria educadora", o governo criou consumidores, "e não cidadãos". E que faltou ao governo Dilma dar atenção aos alertas da oposição sobre seus erros de gestão.

16h30 - De acordo com a coluna EXPRESSODilma Rousseff deixará o Palácio do Planalto às 11h desta quinta-feira (12). Informação foi dada à coluna pela deputada governista Jandira Feghali (PCdoB-RJ).Segundo a deputada, porém, antes de deixar a residência oficial, Dilma fará um pronunciamento. A presidente deve receber a notificação acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

16h28 - Senadores podem não falar. No total, 68 senadores estão previstos para falar, e como cada um tem 15 minutos, isso pode levar 17 horas. Até agora, 15 já falaram. Por isso, os senadores do PMDB discutem a possibilidade de que os discursos sejam encerrados mais cedo. A ideia é que peemedebistas abram mão da fala. Com isso, votação não entraria na madrugada. Uma das possibilidades seria a aprovação de um requerimento para encerrar discussões. Senadores do PT, entretanto, são contra essa proposta e querem que todos os inscritos falem. A informação é da repórter de ÉPOCA Talita Fernandes, direto do plenário do Senado.

16h16 - A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) é a 15º a falar. Diz que "vivemos uma paralisia ecônomica", que provocou alto índice de desemprego. Há também, segundo ela, um momento de paralisia social, em que os investimentos em programas importantes estão ameaçados. "As pessoas não mais acreditam em seus homens públicos. Os cidadãos não mais acreditam em suas instituições".

16h09 - Todo mundo sai. A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o núcleo de seu governo e decidiu que todos os ministros serão exonerados tão logo seja notificada pelo Senado da admissibilidade do pedido de impeachment. Os únicos ministros que continuarão no cargo serão o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o ministro dos Esportes, Ricardo Leyser. A informação é da Folha de S. Paulo, que falou com o ministro-chefe da Presidência, Jaques Wagner, após a reunião.

16h05 - O senador Dário Berger (PMDB-SC) assume a palavra. Segundo ele, as decisões equivocadas do governo "estão levando o setor público à falência". Por causa delas, diz Berger, o governo perdeu o apoio perdeu o apoio da sociedade, dos empresários e do Congresso. 
15h49 - O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) é o 13º a falar. Diz que a oposição, durante os anos Dilma, foi "vítima de um governo truculento", que não teve interesse em dialogar. Nesse tempo, diz ele, o povo do Acre sofreu.

15h33 -  O senador Telmário Mota  (PDT-RR) assume a palavra. Telmário diz que a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade e que existe, no Brasil, uma "tentativa de tomada do poder".  Mota cita Renato Russo: "Que país é este?". Segundo o senador, há um golpe em andamento. 
15h28 - Romário (PSB-RJ) é o 11º a falar. Diz que o trabalho dos senadores, em um momentto como esse, é difícil: exige que se faça um julgamento técnico e político. E afirma que "há indícios de crime de responsabilidade pela presidente da república que precisam ser apurados".
Senador Romário durante coletiva (Foto: Thiago Bernardes/FramePhoto / Agência O Globo)
15h03- Dilma já retirou seus pertences do Planalto, informa a coluna EXPRESSO. Segundo informações de bastidores, a presidente está ansiosa em relação à estrutura a que terá direito nos 180 em que estiver afastada. Não sabe se poderá usar avião da FAB, o número de assessores que a acompanharão nem se contará com advogados da União para defendê-la.
15h00 - O senador Magno Malta (PR-ES) é o nono a falar. Segundo ele, hoje, "o Brasil é como um corpo diabético. Com uma perna repleta de gangrena". Malta diz que tem tias diabéticas que ainda estão vivas porque amputaram pernas comprometidas pela doença- na metáfora dele, deve-se amputar a perna comprometida do Brasil, o governo Dilma, para "salvar o corpo".

14h51 - A senadora Lúcia Vânia (PSB- GO) lembra que, nesta sessão, a função dos senadores é opniar se o processo contra a presidente é cabível ou não. Emenda dizendo que as evidências de que, segundo ela, a presidente cometeu crime de responsabilidade, estão "fartamente documentadas". A senadora afirmou que votará favoravelmente ao impeachment.

14h49 - Onde está o ministro do Planejamento? Valdir Simão está "incomunicável", informa a coluna EXPRESSO. O sumiço não é por acaso. Simão congelou o aumento salarial dos agentes e delegados da Polícia Federal, e agora evita a categoria.
14h43 - O senador Zezé Perrella (PTB-MG) é o sétimo a falar. Perrella resalta que o processo ofereceu a chance de o governo se defender. O senador também fez críticas ao governo: "Se dependesse desse povo, a gente estaria em guerra civil". Ele ressalva que nem todos os políticos do PT se encaixam nessa classificação. Perrella também fez defesa do regime parlamentarista. 
14h39 - Foto de Michel Temer em página do PMDB no Facebook recebe invasão de "vomitaços". Entenda a história na coluna Expresso.

14h28  - " A pedalada nada mais é que pagar com o mesmo dinheiro duas dívidas", diz o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). De acordo com ele, o Congresso foi "instado pelos cidadãos" a instaurar o processo de impeachment frente aos erros da presidência. Segundo ele, o governo "brinca com a opinião público e com o Congresso Nacional". Caiado aproveitou para lembrar a decisão do ministro do STF Teori Zavascki de negar recurso da AGU que pedia que o processo fosse suspenso. 
14h25 - Renan retoma os trabalhos, depois de quase 1 hora de atraso. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) assume a palavra.
14h16 - Temer tenta desatar os últimos nós do ministério e acomodar o PRB, partido ligado à Igreja Universal. Confira no Expresso
13h55 - Dilma convoca ministros ao Alvorada. Depois de passar a manhã reunida com seu assessor especial, Giles Azevedo, a presidente Dilma Rousseff convocou ministros para se encontrar com ela no Palácio do Alvorada durante a tarde desta quarta-feira.Segundo o G1, a expectativa é de que participem do encontro Jaques Wagner (chefe de gabinete), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e dois de seus principais conselheiros político.  
13h25 - Para líder do PT, processo de impeachment é "vingança" de Cunha e opositores. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, publicou artigo nesta quarta-feira (11) no jornal O Globo em que ele critica o processo de impeachment e os principais nomes do PMDB e da oposição, como Eduardo Cunha, Michel Temer e Aécio Neves. "Incontáveis aberrações jurídicas foram cometidas para viabilizar esse impedimento, que nada mais é do que um golpe para tomar de assalto o Palácio do Planalto", disse. Leia o artigo na íntegra.
12h54 - Teori nega pedido para anular impeachment. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou o pedido do governo para anular impeachment. Com a decisão, o Senado poderá manter a votação que poderá decidir pelo afastamento de Dilma do mandato. A informação é do G1. Na visão de Teori, o argumento do governo de que Cunha contaminou o processo do impeachment é subjetiva, de comprovação inviável. O magistrado afirmou ainda qu a votação na Câmara recebeu o voto de 370 deputados. 
Teori Zavascki ministro do  STF (Foto: Agência STF)
12h50 - Confira os lances mais importantes desde que Cunha aceitou o pedido de impeachment - em memes.
Meme 14 (Foto: Reprodução)
12h28 - O presidente do Senado, Renan Calheiros, suspende os trabalhos por uma hora.

12h26 -  O senador Ataídes Oliveria (PSDB-TO), quinto a falar, fez críticas à política econômica do governo atual, e criticou o ex-presidente Lula: "Eu quero dizer, Lula, que a culpa desse desastre é sua. Foi você que botou essa criatura para governar". Manifestou voto favorável ao impeachment.

12h19 - Enquanto Senado avalia admissibilidade do processo de impeachment, seguem as movimentações para a formação de um eventual governo Temer. O vice-presidente escalou Eliseu Padilha para entrevistar Luís Carlos Martins, um dos candidatos a advogado-geral da União, como informa EXPRESSO.

12h18- "Collor cometeu crime, Dilma não", diz ministro de Dilma. Jaques Wagner, ministro-chefe do gabinete de Dilma Rousseff, publicou em seu perfil no Twitter uma análise do jurista Marcelo Lavenère. A análise é favorável a Dilma. Na opinião do jurista, Collor sofreu impeachment porque cometeu crime. Já Dilma, na avaliação dele, não cometeu crime e, portanto, não poderia ser afastada. Wagner aproveitou para criticar o vice, Michel Temer. "Cada vez mais brasileiros começam a entender que o governo Temer significará retrocesso no processo de inclusão social iniciado em 2003", escreveu.
12h10 -  Aécio defende o impeachment. O senador Aécio Neves, candidato derrotado por Dilma Rousseff nas eleições de 2014, se pronunciou pelo Twitter nesta quarta sobre o processo de impeachment. Em quatro posts, ele acusou Dilma e defendeu o impeachment. "Hoje, em respeito absoluto à Constituição, o Congresso estará dizendo um sim a uma nova etapa da vida democrática brasileira. A presidente, descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lei Orçamentária, cometeu crime de responsabilidade. O mais importante desse processo é que ele acontece com o acompanhamento do STF e da sociedade brasileira. O impeachment, se aprovado, não será uma vitória da oposição. Será vitória do Brasil."
O senador Aécio Neves fala com a imprensa sobre o processo de impeachment que pode afastar a presidente Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)
12h05 - Segundo a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP),  quarta a falar, há evidências suficientes para afirmar que a presidente praticou crime de responsabilidade. Também associa impeachment a renovação:  "Se de um lado temos uma grave e profunda crise econômica, cresce em meio a população uma esperança. De que vamos poder virar a página e começar uma nova história para o país". 
11h59 - Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) é o terceiro senador a discursar. Ele critica os recursos do governo para tentar suspender o processo de impeachment no Congresso. E diz que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), é uma"figura bizarra".Também afirma ter confiança no impeachment de Dilma: "Não tenho dúvidas de que a presidente será afastada de seus cargo. Esse processo é irreversível".

11h55 - Dilma falará após a votação: Silvio Costa (PTdoB-PE), um dos aliados de Dilma Rousseff na Câmara, disse que a presidente fará um pronunciamento após a decisão do Senado sobre o impeachment. “A presidente Dilma está firme. Ela vai fazer um belo pronunciamento à nação depois da votação”, disse, segundo o portal G1.

11h50 - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) diz que a defesa da presidente se centra em "manobras retóricas" para tentar inocentar Dilma: "Eu estou absolutamente seguro que a senhora presidente cometeu crime de responsabilidade". 
11h40 - O senador José Medeiros (PSD-MT) , segundo orador a falar, diz que "o governo acabou e está parado há mais de ano". Segundo ele, com as pedaladas "o governo tentou varrer a sujeira para baixo do tapete e esconder sua real situção de penúria fiscal".

11h29 - Partidários do governo contam com ausências na votação desta quarta no Senado para que Dilma não seja "massacrada",informa a coluna EXPRESSO. Os governistas esperam que os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), que foi ministro de Dilma, e Rose de Freitas (PMDB-ES) não apareçam na votação de hoje, entre outros.

11h26 - A senadora Ana Amélia diz entender que Dilma cometeu crime de responsabilidade, em função das pedaladas fiscais. Segundo ela, as pedaladas tiveram efeitos deletérios na economia: "O que isso provoca? 11 milhões de desempregados".
11h19 - A senadora Ana Amélia (PP-RJ) ,primeira oradora inscrita, assume a palavra. Relembra as palavras do Papa Francisco, que na manhã desta quarta-feira (11), pediu que o Brasil siga por "um caminho de harmonia"
11h15 - Temer acompanhará a votação no Palácio do Jaburu: O vice-presidente Michel Temer passará o dia em sua residência oficial, informou sua assessoria de imprensa. Segundo o G1, Temer se reunirá com conselheiros políticos e parlamentares aliados, entre eles Eliseu Padilha, cotado para assumir a Casa Civil num eventual governo Temer.

11h10 - Renan indefere a questão de ordem de Lindbergh.

11h04 - Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o Senado não deveria votar a abertura do impeachment antes de o TCU apreciar as contas da presidência da república referentes ao exercício de 2015. As pedaladas fiscais, pelas quais Dilma pode sair da presidência, foram praticadas naquele ano. "Estão querendo afastar uma presidente antes que o Tribunal de Contas aprecie suas contas".

10h55 - Até o papa se manifestou: o papa Francisco falou na manhã desta quarta-feira (11), no Vaticano, sobre a crise poítica do Brasil. É a primeira vez que o sumo pontífice se pronuncia sobre o processo que pode afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo. "Nestes dias em que nos preparamos para Pentecostes, peço ao Senhor para que o país [Brasil], nestes momentos de dificuldade, siga pelo caminho da harmonia e da paz com a ajuda da oração e do diálogo", disse o papa, em português.

10h53 - O ministro Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, convocou uma reunião ministerial, com todos os 32 integrantes do primeiro escalão do governo, para a manhã desta quarta-feira (11).  As informações são do G1. A intenção do encontro, marcado para acontecer no Palácio do Planalto, é fazer um balanço do governo Dilma. A presidente não deve participar da reunião.

10h41 - Na reunião que teve com a bancada do PP na terça-feira (10), Waldir Maranhão foi aconselhado a arranjar uma solução menos constrangedora possível para deixar a presidência da Câmara dos Deputados. O deputado tem até quinta-feira para achar uma solução.Na coluna Expresso.

10h36 - O ministro do STF Teori Zavascki, sorteado para analisar o recurso da AGU pedindo nulidade da abertura do processo do impeachment na Câmara dos Deputados, deve se manifestar sobre o mandado de segurança ainda nesta manhã.
Presidente do senado Renan Calheiros  (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
10h33 Renan responde a questão de ordem da senadora Gelisi Hoffmann: "A questão de ordem não merece prosperar. O princípio da separação dos poderes garante a manutenção dos trabalhos desta casa", disse. Segundo Renan, também não se sustenta  a afirmação de que a aprovação do processo na Câmara foi motivada por desejo de vingança de Eduardo Cunha. 
10h26 - Os entusiastas da saída da presidente Dilma perderão um reforço na tramitação do processo do impeachment no Senado,segundo a coluna EXPRESSO. O advogado Adilson Dallari foi convidado a falar na comissão especial do impeachment no Senado pelo amigo e relator do processo, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Mas não comparecerá às sessões iniciais de acusação por motivos de saúde. Dallari sofreu um infarto gravíssimo.

10h21 - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-BR) pede que a sessão seja adiada até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre mandado de segurança impetrado pela AGU, que pede a suspensão da autorização concedida pela Câmara para a abertura do processo de impeachment. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) diz que a questão " já foi resolvida" e chama o pedido de Gelisi de "manobra procrastinatória". 

10h18 - Nas últimas semanas, a presidente Dilma exonerou apadrinhados de políticos que ajudaram a aprovar o trâmite do processo de impeachment contra ela. Não se sabe bem o porquê, mas a presidente poupou, ao menos, dois aliados daquele que foi, no Palácio do Planalto, considerado uma das maiores decepções de Dilma: o ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, que deixou a Pasta há um mês. Leia mais na coluna EXPRESSO.

10h15 - Enquanto o Senado vota o afastamento da presidente Dilma Rousseff, a bancada do PMDB da Câmara se digladia por espaços no governo de Michel Temer. Foram formados três grupos, que visitarão o vice-presidente para reivindicar cargos ou vetar nomeação de rivais. Leia mais na coluna EXPRESSO.

10h00- O presidente do Senado, Renan Calheiros, começa a sessão . Renan pede que, ao votar, os senadores evitem "passionalidades" e partidarismos.

O impeachment é político? A história mostra que as questões legais são importantes em um processo de impeachment – mas as razões políticas são as decisivas para a remoção de um presidente. Leia a reportagem do editor-executivo Guilherme Evelin

09h48 - O presidente do Senado, Renan Calheiros, reafirmou sua decisão de não votar na sessão desta quarta-feira: "Eu já declarei que não vou votar hoje. Da mesma forma que não devo votar na sessão definitiva. Para manter a isenção e imparcialidade. Votar significaria abandonar tudo pelo que trabalhei até agora". Antes de abrir a sessão, Renan também afirmou que sua relação com Michel Temer, caso este assuma a presidência, será igual a relação que mantém com Dilma - ele diz que pretende colaborar com as reformas, sem participar do governo.
09h39 - Às vésperas da abertura da sessão, o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC),  chama o impeachment de golpe: "Estamos aqui brincando de democracia", afirmou. "Esse ipeachment pode ser chamado de farsa. Ele reúne a frustração do PSDB por ter perdido a eleição com as maquinações do Eduardo Cunha".  

G1