Vagner Rangel So Vagner -
Pouca
gente sabe, mas um dos maiores pilotos da Segunda Guerra Mundial nasceu
em Curitiba e aprendeu a voar em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Filho
de franceses, Pierre Clostermann foi o único brasileiro a participar do
desembarque aliado nas praias da Normandia, em 6 de junho de 1944 - o
famoso Dia D.
O então aspirante a oficial aviador de 23 anos integrava
uma unidade chamada Franceses Livres, que lutava pela Real Força Aérea
britânica (RAF). Entre 1943 e 1945, ele abateria 33 aviões alemães e
ficaria famoso como o maior ás francês nas batalhas aéreas contra os
nazistas. Mas, por aqui, só começou a ser reverenciado recentemente.
A
Força Aérea Brasileira lhe deu uma condecoração no ano passado e ele
será protagonista de um documentário apresentado por João Barone,
baterista da banda Paralamas do Sucesso e colecionador de veículos
militares.
Hoje aos 84 anos, lúcido e falando um português fluente, Clostermann vive com a esposa, Jacqueline, no vilarejo de Montesquieu, nos Pireneus, perto da fronteira com a Espanha. Filho de Jacques Clostermann, ex-embaixador francês no Brasil, Pierre nasceu na capital paranaense em 28 de fevereiro de 1921.
Hoje aos 84 anos, lúcido e falando um português fluente, Clostermann vive com a esposa, Jacqueline, no vilarejo de Montesquieu, nos Pireneus, perto da fronteira com a Espanha. Filho de Jacques Clostermann, ex-embaixador francês no Brasil, Pierre nasceu na capital paranaense em 28 de fevereiro de 1921.
Até o fim dos anos 30,
era apenas um jovem de ares cosmopolitas, que estudava na França e
passava as férias no Rio de Janeiro. Mas a ousadia já dava sinais. Aos
16 anos ele tirou seu brevê de piloto no antigo Aeroclube do Brasil, na
capital fluminense, então localizado no bairro de Manguinhos, ao lado de
onde passa hoje a Avenida Brasil.
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o jovem Pierre estava nos Estados Unidos estudando engenharia e sonhando ser piloto comercial. O pai, um patriota convicto, enviou-lhe um telegrama assim que soube que a França fora conquistada, em meados de 1940: "Junte-se ao general de Gaulle ou não será mais meu filho".
Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o jovem Pierre estava nos Estados Unidos estudando engenharia e sonhando ser piloto comercial. O pai, um patriota convicto, enviou-lhe um telegrama assim que soube que a França fora conquistada, em meados de 1940: "Junte-se ao general de Gaulle ou não será mais meu filho".
Ordem que ele cumpriu sem hesitar. Com uma mochila
apenas, cruzou o Atlântico num comboio e desembarcou em Liverpool.
"Logo após um bombardeio", recorda-se.