EUA NEGA ENVOLVIMENTOS EM SUPOSTO ATAQUE CONTRA MADURO E GRUPO ASSUME AUTORIA

Estados Unidos negou neste domingo (5) envolvimento no suposto ataque de drones contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ocorrido no sábado (4), durante um evento militar em Caracas. Maduro disse que o objetivo era matá-lo e acusou os Estados Unidos e a Colômbia de estarem por trás do incidente. Um grupo reivindicou a autoria da ação, mas pairam dúvidas sobre o que realmente ocorreu.
"Eu posso dizer inequivocamente que não há nenhum envolvimento do governo dos EUA nisso tudo", disse o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, ao "Fox News Sunday" em uma entrevista.
Bolton sugeriu que o próprio governo Maduro poderia estar por trás da explosão. "Poderia ser uma série de coisas, desde um pretexto criado próprio regime de Maduro até algo diferente", declarou.
Em um discurso transmitido pelos canais de rádio e televisão oficiais, Maduro afirmou logo depois do incidente que os financiadores do que ele chamou de ataque estão na Flórida (EUA) e pediu ajuda ao presidente americano, Donald Trump, para enfrentá-los.
Explosão interrompe ato onde Nicolás Maduro discursava
O presidente venezuelano também relacionou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao incidente.
"Tentaram me assassinar no dia de hoje e não tenho dúvida de que tudo aponta para a direita, a ultradireita venezuelana em aliança com a ultradireita colombiana e que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado, não tenho dúvidas", afirmou o chefe de estado venezuelano.

Grupo assumiu autoria

Em uma mensagem publicada nas redes sociais, o grupo Soldados de Franelas assumiu autoria da ação. Os equipamentos, de acordo com o grupo, foram derrubados por seguranças de Maduro antes de chegarem perto do presidente.
Seguranças cercam o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante um incidente em Caracas (Foto: Xinhua / via AP Photo)Seguranças cercam o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante um incidente em Caracas (Foto: Xinhua / via AP Photo)
Seguranças cercam o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante um incidente em Caracas (Foto: Xinhua / via AP Photo)
A conta de Twitter @SoldadoDfranela, foi criada em março de 2014 e conta com 95 mil seguidores. O grupo afirma ser composto por militares patriotas e civis leais ao povo venezuelano, que buscam resgatar a democracia de uma nação sob ditadura.
"Demonstramos que são vulneráveis. Não conseguimos (alcançar o objetivo) hoje, mas é questão de tempo", diz o Soldados de Camiseta num tuite.
Fonte: G1