Varíola dos macacos: entenda transmissão, sintomas e protocolo de isolamento

No sábado (2), primeiro caso foi confirmado no DF; outro está sendo investigado. 'Monkeypox' é uma doença viral, com contágio principalmente por meio de fluidos corporais.

Varíola dos macacos: cientistas alertaram para risco global em 2018 — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC


O primeiro caso da "monkeypox",  doença  conhecida  como  varíola 

dos macacos,  no Distrito Federal foi confirmado pelo Ministério da 

Saúde (MS) neste sábado (2). Um outra notificação foi descartada, e 

uma terceira está em investigação.

Apesar do   nome, a  doença  viral  não tem origem nos 

macacos,   apenas foi  identificada  pela  primeira    vez 

nesses animais.    A transmissão   pode ocorrer através 

do contato com animal ou humano infectado.


O contágio entre humanos ocorre por meio do contato

direto com secreções respiratórias, lesões na  pele ou 

fluidos corporais de uma pessoa  infectada, ou a partir 

do  contato  com  superfície ou objetos   recentemente 

contaminados.


“O vírus entra no organismo  por meio principalmente 
do contato com as lesões. Independentemente do 
tipo de lesão,pois todas as formas são potencialmente 
transmissíveis”,explica o diretor de Vigilância Epidemio- 
lógica da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), 
Fabiano dos Anjos Martins.

 

"Por exemplo,  secreção  respiratória   de uma  pessoa 

infectada, transmissão respiratória,  caso por gotículas. 

Pode acontecer a partir de contato próximo  e prolongado 

ou mucosas, como dos olhos,  nariz  ou boca",  detalha.




A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou 
  • materiais infectados, incluindo através de mordidas e
  •  arranhões de animais, manuseio de caça selvagem 
  • ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. 
  • Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na na
  • tureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos 
  • de desempenhar um papel na transmissão da varíola 
  • às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos
  •  corporais como sangue e pus, secreções respiratórias 
  • ou feridas de uma pessoa infectada, durante o  contato 
  • íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar,  abraçar 
  • ou tocar partes do corpo com feridas causadas   pela 
  • doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode
  •  se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corpo
  • rais ou feridas, como roupas ou lençóis; Da mãe para 
  • o feto através da placentaDa mãe para o bebê durante 
  • ou após o parto, pelo contato pele a pele;

  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser 
  • infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar 
  • pela saliva.

Sintomas:


* Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

  • * febre
  • * dor de cabeça
  • * dores musculares
  • * dor nas costas
  • * gânglios (linfonodos) inchados
  • * calafrios
  • * exaustão.

Lesões causadas pela varíola dos macacos no braço e na perna de uma menina na Libéria. 
— Foto: Domínio público (via Wikipedia)

Geralmente, de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente 

desenvolve uma erupção cutânea, que costuma começar no rosto e se 

espalha para diversas partes do corpo. As lesões passam por cinco está-

gios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos

 Estados Unidos. Além disso, o epidemiologista Fabiano dos Anjos res-

salta que o período de incubação da "monkeypox" varia de seis a 13 dias.

 "Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas". Ele 

afirma que os sintomas do vírus podem durar de duas a quatro semanas.



Isolamento

Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um 

local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns,

 como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com 

outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo

 a boca e o nariz.

Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, 

preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas

 de papel descartável para secá-las.

Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso

 pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem 

ser reutilizados após higienização.