O grupo Oi
divulgou um fato relevante aos seus acionistas e ao mercado em geral
nesta segunda-feira (26). No texto, a operadora assume publicamente que
recebeu uma proposta no valor de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 15,6 bilhões
na cotação atual do dólar) de um investidor russo, para se unir a TIM Participações.
Mikhail
Fridman, o homem mais rico da Rússia, é o responsável pela Letter One,
empresa que enviou a carta para o Banco BTG Pactual - contratado pela Oi
para encontrar uma forma de consolidação do mercado de telecomunicações
brasileiro -, contendo a proposta bilionária para a operadora Oi.
Com
uma dívida líquida estimada em R$ 34,6 bilhões, e caixa contendo R$
16,6 bilhões, a Oi tem um valor de mercado em bolsa de R$ 2,5 bilhões.
Com um aporte do nível que foi oferecido, a Letter One tomaria o
controle da companhia, logo após a fusão com a TIM.
A Oi disse que seus assessores jurídicos e financeiros analisarão a proposta da forma devida.
Os
rumores de uma união entre TIM e Oi não começaram hoje. Desde o ano
passado jornais do Brasil e do mundo falam sobre a intenção das empresas
de fundirem suas operações para crescer no país e ultrapassarem grandes
grupos, como a Telefônica (Vivo e GVT), e América Móvil (Claro, NET e Embratel).
Se
aprovada, a operação parece ser tão boa para Oi que as ações da
companhia brasileira saltaram bastante durante todo o dia. Os papéis
preferenciais da empresa na Bolsa de São Paulo (OIBR4), fecharam o dia
registrando alta de 8,72%.
Mas
a TIM resolveu acabar com a festa dos investidores, ao divulgar um
comunicado dizendo que, diante da informação divulgada pela Oi S.A.,
informa "que não tem negociação em curso" por parte com o fundo Letter
One, nem com a Oi, "em relação a qualquer potencial consolidação no
mercado brasileiro".
No
entanto, apesar de o negócio ser ruim financeiramente para a empresa do
grupo Telecom Italia, analistas dizem que a TIM pode ceder as propostas
para fazer frente aos grandes grupos de telecom que hoje oferecem
serviços convergentes, com fixo, móvel, banda larga fixa e TV por
Assinatura em território nacional. Para isso, aproveitaria a
infraestrutura de serviços fixos da Oi para se expandir nesse nicho de
mercado.
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