...
PASTOR OSTENTAÇÃO FAZ A OBRA DE AVIÃO
Pastores
da IGREJA INTERNACIONAL DESPERTA DA FÉ partiram essa semana em Viagem
para Bogotá na Colômbia para participar do tal G12 e fizeram questão de
ostentar nas redes sociais, viagens claro bancadas com o dinheiro dos
fies.
Diferente do ensino dos mestres da ostentação, a bíblia não nos
ensina a buscar prosperidade material por meio de correntes milagrosas,
sementes da fé, cultos de prosperidade, e sim através do trabalho (Gn
3.19); é dele que devemos retirar nosso sustento e pão cotidiano (2Ts
3.2). Jesus não teve um ministério voltado para a prosperidade material,
mas para a salvação dos homens, e exortou seus discipulos a não
ajuntarem tesouros na terra, mas no céu (Mt 6.18,19), e os lembrou que
ao quando vivemos apenas para as coisas materiais, perdemos o maior
galardão, que é imaterial (Mt 6.20). Paulo nos adverte acerca dos riscos
que corremos ao viver para o acumulo de riquezas (1 Tm 6.10), e nos
ensina o caminho do contentamento (1Tm 6.8).
O
ensino dos pregadores da teologia da prosperidade é anti-biblico, pois
afirma que o proposito de Deus é enriquecer pela fé (e mediante o
depósito das "sementes") a todos os seus filhos. É claro que não é
pecado ser rico, porém os ricos deste mundo devem ser exortados a não
colocar sua esperança na vaidade das riquezas, mas em Deus (1Tm 6.17).
As riquezas também podem e devem ser usadas para suprir as necessidades
dos nossos irmãos carentes (1Jo 3.17), bem como daqueles - em todo o
mundo - que são afligidos pela escassez, pois é quando doamos ao próximo
afligido (e não quando depositamos as sementes no ministerio dos
televanvangelistas) que nós realmente ofertamos a Deus (Mt 25.35-40).
É claro que a igreja cristã tem necessidades que devem ser supridas pelo
corpo. A familia pastoral precisa ser cuidada com dignidade, tendo
suficiente para sua provisão, cuidados medicos, vestimenta, lazer, etc.
Cuidar dos seus pastores é biblico (Lc 10.17, 1Tm 5.17-18), e é lícito
ofertar para esta causa (1Co 9.11, Gl 6.6). No entanto, a provisão digna
e necessaria de um obreiro cristão nada tem a ver com o estilo
nababesco de vida dos "pastores ostentação".
À luz do ensino bíblico sobre as riquezas, soa-me no mínimo discrepante a
ideia de que um ministro do evangelho viva uma vida de ostentação
enquanto muitos em sua comunidade e ao redor do mundo não possuem sequer
um pão para comer.
Muito pior, porém, é aquele que vivendo
opulentamente à expensas da fé alheia, ensina a grei que o proposito da
cruz foi enriquecer os crentes, instigando neles o materialismo com a
promessa espúria de que se pode usar a religião para ficar rico,
promessa essa que apesar de estar "se cumprindo" na vida dos grandes
líderes eclesiásticos (como mostrou a revista Forbes), está muito
distante da vida dos fieis que frequentam seus templos e lhes sustentam
os luxos.