Tenho medo de gente boazinha demais, gentil demais…

Daquelas pessoas que sempre têm nos lábios um elogio, um sorriso, mesmo quando você sabe que não está merecendo.

Não se trata de uma regra, mas pessoas assim quase sempre são aduladoras de plantão. E todo adulador é um falso em potencial. Um amigo pronto para ser seu inimigo. Ou daqueles que te enchem de elogios, mas, longe de você, podem falar mal e até “puxar seu tapete”.

O mundo está cheio de gente assim. Infelizmente. Pode ser um companheiro de trabalho, um colega de faculdade ou mesmo alguém de sua família. Em geral, com o tempo, a máscara cai e você descobre que está diante de um “amigo da onça”.

O problema é que, carentes como somos, por vezes nos deixamos enganar. E por tempo suficiente para que o sujeito faça um tremendo estrago – emocional e, por vezes, até financeiro (se for alguém que atrapalha uma promoção no trabalho ou te tira um cliente etc).

Os aduladores de plantão quase sempre são movidos por dois sentimentos: inveja e insegurança. Por isso, conviver com gente assim é aceitar viver perigosamente. Afinal, invejosos quase sempre querem o que é seu e, se não podem ter, vão desejar que você também não tenha. E os inseguros, além de não aceitarem que você consiga certas coisas e eles não, necessitam provar que você também é tão frágil quanto eles.

Por isso, todo elogio, toda gentileza pode esconder uma certa hostilidade.

Como a gente gosta de ouvir palavras bonitas, gestos “nobres”, somos todos candidatos a vítimas dessa categoria de pessoas. Não existem muitos mecanismos preventivos. Até porque, se nos protegermos de todo mundo que se aproxima, vamos viver numa ilha. E gente precisa de gentes. Somos seres sociais, sociáveis. Entretanto, um pouquinho de prudência e de desconfiança não faz mal a ninguém. Como dizia minha mãe: “tudo que é demais, sobra”. Então, de pessoas boazinhas demais, que nunca te criticam, desconfie.  



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