Senadora diz que não recebeu propina
Um réu já condenado pela Operação Lava Jato afirma que transportou R$ 1
milhão em propina, para entregar ao comitê de campanha da senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR), em 2010, quando ela concorreu à vaga ao Senado.
O advogado Antônio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini fechou um acordo
de delação premiada com o Ministério Público Federal. O ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo sobre o
depoimento em que ele trata desse assunto.
Pieruccini reafirma a história que o doleiro Alberto Youssef e o
ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, já haviam contado aos
investigadores da Lava Jato sobre o pagamento de propina para a campanha
de Gleisi.
Segundo os dois, também delatores, o repasse foi feito a
pedido do marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo.
A senadora e
o marido são investigados no STF, devido à prerrogativa de foro dela.
No depoimento, Pieruccini detalha como ocorreu o pagamento da propina.
Ele disse que pegou o dinheiro em várias parcelas. Todas foram entregues
pelo próprio Youssef, em São Paulo, e trazidas de carro a Curitiba. O
doleiro teria indicado ao advogado que a quantia deveria ser destinada a
um homem chamado Ernesto.
Segundo Youssef, o empresário Ernesto Kluger Rodrigues foi quem teria lhe pedido a quantia para a campanha de Gleisi. O empresário teria dito que agia em nome de Paulo Bernardo. Assim como a senadora e o marido, Kluger também nega as informações. Ele diz ainda que sequer trabalhou para a campanha da senadora.
O depoimento de Pieruccini também consta no inquérito que investiga a senadora.
Em março deste ano, a Polícia Federal disse ter encontrado indícios de que Gleisi e Paulo Bernardo podem ter cometido atos de corrupção. No entanto, no último dia 14, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou ao STF contra o indiciamento do casal.
Para Janot, porém, os inquéritos criminais que tramitam no STF envolvendo autoridades públicas não comportam tal ato. "Alia-se à irrelevância jurídica do indiciamento sua inutilidade para qualquer outro fim que não seja o de estigmatizar o investigado", diz o parecer.
G1
Segundo Youssef, o empresário Ernesto Kluger Rodrigues foi quem teria lhe pedido a quantia para a campanha de Gleisi. O empresário teria dito que agia em nome de Paulo Bernardo. Assim como a senadora e o marido, Kluger também nega as informações. Ele diz ainda que sequer trabalhou para a campanha da senadora.
O depoimento de Pieruccini também consta no inquérito que investiga a senadora.
Em março deste ano, a Polícia Federal disse ter encontrado indícios de que Gleisi e Paulo Bernardo podem ter cometido atos de corrupção. No entanto, no último dia 14, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou ao STF contra o indiciamento do casal.
Para Janot, porém, os inquéritos criminais que tramitam no STF envolvendo autoridades públicas não comportam tal ato. "Alia-se à irrelevância jurídica do indiciamento sua inutilidade para qualquer outro fim que não seja o de estigmatizar o investigado", diz o parecer.
G1