Marina Silva volta a defender cassação da chapa Dilma e Temer

Marina Silva (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)
 A ex- senadora e ex-candidata à presidência Marina Silva (Rede-AC) voltou a defender neste sábado (9) a cassação da chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice Michel Temer, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em uma palestra para estudantes brasileiros nos Estados Unidos.

"Defendo que nesse momento o melhor caminho é o do TSE. Porque se ficar comprovado que o dinheiro do Petrolão foi para as eleições, deve ser caçada a chapa Dilma e Temer", disse durante conferência organizada pela associação de estudantes brasileiros no exterior, BRASA, em Chicago.

Tramita no TSE uma ação, de autoria do PSDB, a qual alega que a campanha da presidente Dilma Rousseff foi permeada por irregularidades. Entre as falhas, está o recebimento de propinas desviadas da Petrobras e a suspeita de que o PT teria utilizado máquina de governo em favor da reeleição da presidente. O PT nega as irregularidades.
Outro processo, o de impeachment da presidente, ocorre na Câmara dos Deputados. Parlamentares da oposição acreditam que o processo no TSE deverá acontecer de maneira lenta e, por isso, apostam as fichas neste. No caso de o Congresso Nacional aprovar o impedimento de Dilma, o vice-presidente Michel Temer assumiria o governo.

"Se ganharam a eleição com esse dinheiro é melhor que se devolva a possibilidade aos 200 milhões de brasileiros de novas eleições", afirmou Marina Silva. "Defendo por convicção, por achar que é melhor para o Brasil. Acho que o impeachment se explicitou e tem uma formalidade legal e política, mas não cumpre com a finalidade. Porque ao final nos encontraremeos com um partido igual ao PT", disse Marina, referindo-se ao PMDB de Temer. Para ela, PT e PMDB "são faces da mesma moeda".

Segundo a ex-senadora, com as novas eleições os partidos terão de se apresentar novamente à sociedade dizendo apenas a verdade. "Quem vier vai ter que falar a verdade, porque a verdade já foi revelada", disse. A Rede da Sustentabilidade lançou na última terça-feira (5) uma campanha que pede a cassação da chapa e defende antecipação de eleição presidencial.

Questionada sobre se o voto dos parlamentares da Rede no processo de impeachment da presidente na Câmara dos Deputados seria combinado, Marina Silva disse que a posição do partido era de que votassem pela admissão do processo, mas que não haveria um "enquadramento" e sim liberdade de voto no plenário.

G1