Pezão diz lamentar votação por impeachment: 'Atraso à democracia'

O governador licenciado do Rio de JaneiroLuiz Fernando Pezão(PMDB), e o governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), enviaram duas notas com tons diferentes sobre votação que deu continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, na noite deste domingo (17).
Pezão disse lamentar a decisão e que o resultado representa um "atraso à democracia" e que as eleições de 2014 deveriam ser respeitadas.
"Não cabe a mim contestar o resultado da votação na Câmara, mas posso dizer que lamento profundamente a decisão, que representa um atraso à democracia do nosso país. Sempre me posicionei publicamente contrário ao impeachment da presidenta Dilma, que considero uma pessoa digna e honrada. Não acredito que seja esse o mecanismo mais adequado para ajudar o Brasil a vencer a crise e avançar como uma nação melhor. A presidenta Dilma foi eleita pelo voto democrático e isso deve ser respeitado."
Para Dornelles, o processo foi realizado com respeito à Constituição.
"A admissibilidade do processo de impeachment foi realizado dentro dos parâmetros previstos pela Constituição e sua aprovação pela Câmara tem que ser, agora, ratificada pelo Senado. Acredito que o Brasil atravessa uma fase difícil venha o Senado confirmar ou não a decisão da Câmara. O importante é que o país encontre um clima de união para vencer os graves problemas que vive."
FIrjan comemora
Em contraposição às palavras de Pezão, o Sistema Firjan enviou nota em que afirma considerar que o processo de impedimento "reflete a solidez das instituições e fortalece nossa democracia" e que a aprovação final incia um processo de "reconciliação nacional".
O presidente do grupo, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, pediu agilidade na decisão do Senado Federal.
"A votação expressiva hoje na Câmara refletiu a vontade da maioria da população brasileira, que pediu pela mudança. Não é um momento fácil, mas é um momento para a união.
Esperamos agora que o Senado seja rápido em sua decisão, porque o Brasil precisa dessa definição", declarou o presidente, por meio de sua assessoria de imprensa.
Para a Firjan, a "capacidade de diálogo do vice-presidente Michel Temer oferece a certeza da formação de um governo de união e dos ajustes necessários para a retomada do crescimento, mantendo as conquistas sociais". "A reconstrução do país não se fará sem sacrifícios, e depende da união de todos os brasileiros. A indústria está pronta para colaborar", completa a nota.
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