Você acredita que tem privacidade? Você pode até pensar que sim, mas um recente experimento de um fotógrafo russo diz o contrário.

Estudante usa fotografias de desconhecidos para cruzar com dados em aplicativo de reconhecimento facial e depois encontrá-las na Internet



Seu projeto batizado de “Your face is big data”, Egor Tsvetkov, estudante da Rodchenko Art School fotografou cerca de 100 pessoas que se sentavam aleatoriamente em sua frente no metrô. Depois, ele usou o FindFace, um aplicativo de reconhecimento facial que usa tecnologia de redes neurais para tentar rastreá-las na rede social russa VK.
Segundo o estudante foi ridiculamente fácil encontrar de 60% a 70% das pessoas com idades de 18 a 35 anos, apesar de ele ter dificuldades em identificar os transeuntes mais velhos. 
Ao longo do caminho, ele aprendeu muito sobre a vida de pessoas completamente desconhecidas para ele. 
“Agir como um stalker foi desconfortável para mim”, disse Tsvetkov por e-mail.
Depois, “meu objetivo nesse projeto de arte era mostrar como a tecnologia exclui a possibilidade de uma vida privada”, disse. “Ela nos mostra como será o futuro”.
Mais detalhes e fotografias do experimento de Tsvetkov podem ser encontrados no site destinado a fotografia “Birds in Flight”. 
Uma área comum de aplicações para inteligência artificial, tecnologia de reconhecimento facial é agora usada por inúmeros departamentos policiais. 
Tecnologia de reconhecimento facial é um dos principais problemas de nosso tempo, disse Beth Givens, diretora executiva da Privacy Rights Clearinghouse.
“Capturar características faciais pode ser totalmente despercebido para aqueles cujos rostos são capturados”, explicou Givens, “Eles não têm ideia de que isso foi feito”.