RJ adota armas que podem reduzir balas perdidas em áreas com UPPs

Carabina .40 também é usada em Israel e foi elogiada por 'poder de parada'. Novo armamento não irá substituir os fuzis nas UPPs
 Carabinas passarão a ser usadas por policiais do Rio (Foto: Matheus Rodrigues/G1).
A Polícia Militar do Rio irá adotar um novo armamento para ser utilizado nas comunidades pacificadas. A Carabina CT .40 é considerada um equipamento intermediário entre as pistolas e fuzis utilizados atualmente pela PM.
A grande expectativa é de que esta arma minimize episódios de tiros acidentais e balas perdidas. A carabina, que pode ser a “solução” para esses episódios violentos, também deve ser utilizada nas Olimpíadas. 
 
 
Secretário Beltrame participa de treinamento com policiais (Foto: Matheus Rodrigues/G1) O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, visitou na quarta-feira (11) o Comando de Operações Especiais (COE), onde os PMs estavam passando por um treinamento (veja vídeo abaixo). Depois de ter admitido que as UPPs passam pelo seu pior momento, o secretário comemorou a chegada da carabina para o policiamento do Rio.

“Nós procuramos, através do COE, uma arma que se adequasse a essa realidade e chegamos a essa Carabina CT .40. Obviamente é uma arma também letal, mas ela tem uma capacidade de parada muito menor do que um fuzil, ela tem um sistema que evita a rajada, ou seja, o tiro disperso demais.

É uma arma leve, de fabricação brasileira, que já foi aceita em várias polícias do Brasil e também pela polícia de outros países. Pelo que eu vi aqui, ela está tendo aceitação dos policiais e também temos uma avaliação técnica de que é uma proposta interessante. A gente pretende com isso fazer a parte da polícia que é torna-la cada vez menos letal”, disse.

Em entrevista ao G1, o chefe do Centro de Instrução do COE, major Joelmir, afirmou que a possibilidade de acontecer um tiro acidental é quase nula com a utilização da nova arma. De acordo com ele, as chances de uma pessoa ser atingida por uma “bala perdida” serão reduzidas nas comunidades do Rio. A preocupação com estes episódios se faz necessária já que nos últimos sete dias, oito pessoas foram vítimas de balas perdidas.

“Esse armamento é diferente do fuzil porque o fuzil tem um alcance de quatro quilômetros. Imagina você acertar um tiro a quatro quilômetros? Ele tem um poder de parada muito mais alto, então as chances dele executar um tiro acidental ou fazer um tiro fora do alvo são mínimas, são quase nulas. Não existe um acidente com essa arma. Ele reduz a letalidade, vai zerar a letalidade com o incidente deste armamento. Não existe incidente com esse armamento.

O policial tem que querer fazer o disparo e vai acertar onde o policial fizer a sua visada. Ele não vai dar um tiro de três metros e acertar onde ele não queria”, afirmou.

G1